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O estudo resgata o processo de migração ocorrido no oeste do Estado do Paraná, tendo como sujeitos os agricultores provenientes do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina que migraram para a região na década de 60. A literatura aborda insuficientemente o modo de vida, as expectativas e angústias de cerca de 470 famílias que viveram nessas comunidades. A falta de informações pode ter levado os colonos à compra de terras que estavam designadas a se tornar parque. O objetivo deste estudo foi o de analisar, por meio das narrativas, quem foram essas famílias, seu cotidiano, como se dava a sua relação com os limites territoriais do parque, como o aumento das dimensões do parque afetou suas vidas, se houve conflitos, como foi o processo de saída, para onde foram e como vivem essas famílias. A pesquisa do tipo qualitativa considerou as fontes secundárias, como a bibliografia referente que abordasse as discussões de história e memória. Também foram buscados, nos acervos das famílias, fotografias, documentos, mapas, jornais da época, entre outros. O estudo, então, direcionou-se para as fontes primárias, tendo como foco os colonos agricultores que foram desapropriados. No decorrer da pesquisa surgiram novos personagens, como o Diretor do Parque à época, um advogado que por vezes impetrou habeas corpus para retirar da prisão os colonos presos.