Tiempo de despacho de pedidos es de 10 a 15 días hábiles, una vez confirmado el pago del pedido.
O livro faz uma reflexão sobre as artes e as técnicas contemporâneas, com o propósito de repensar os termos pelos quais elas são pensadas e apresentadas nos contextos filosóficos, tendo a arte da dança como o fio de prumo pelo qual as teorizações filosóficas são avaliadas. A abordagem proposta é interagencial, performática e performativa, fundada no conceito de ação.Esta abordagem articula-se na tese de que o artístico está diretamente fundado na ação e na interagência. O que se visa assim é pensar as obras de arte não mais como objetos, mas antes como provocadores de ação e de interação que solicitam antes de tudo agentes ativos e cooperativos. A crítica principal às filosofias da arte, diz respeito à apreensão das obras de arte sob o conceito de objeto estético e objeto semântico pela qual o artístico é reduzido a uma propriedade ou relação de objetos e artefatos particulares estáticos e inativos. A tese positiva consiste em pensar as artes e as técnicas como modulações da agência com potencial de transformação ontológica. Artes e técnicas indicariam modos pelos quais o humano perfaz-se naquilo que ele é, ao se diferenciar em relação à natureza. Todas as artes e técnicas, cuja maestria exige a atenção a materiais e a regras, nos liberam da natureza e nos emancipam para a vida artefatual. A principal revisão teórica está na afirmação do pluralismo ontológico aplicada aos artefatos técnicos e artísticos, no sentido de que as artes e as técnicas pertencem a diversas categorias de ação e os artefatos técnicos e artísticos a diversas categorias ontológicas. As obras de arte e de técnica não pertencem a uma única categoria e também não a uma única história. Tal como as línguas, há uma diversidade de artes e de técnicas e uma pluralidade de histórias e ramificações. Uma vez que as artes e as técnicas estão na base da instauração do mundo humano, o pluralismo ontológico incide sobre o próprio ser humano. As artes e as técnicas são formas de ação e de agenciamento; as obras são agentes desencadeadores de efeitos; as ações artísticas e técnicas são interagenciamentos performativos pelos quais mundos são instaurados nos quais os próprios agentes se constituem na sua forma de existência e modo de ser. Além de efeitos estéticos e semânticos, formais e materiais, as artes e as técnicas, enquanto atos e artefatos, instauram efeitos de realidade e assim têm eficácia antropológica e ontológica.